terça-feira, 1 de março de 2011

Covas do Lobo, a desgraça da cavalaria


Quando um português fala sobre a utilidade tática das covas do lobo e dos fossos num campo de batalha medieval, lembra-se, seguramente, da célebre batalha de Aljubarrota (que, curiosamente, ocorreu em S. Jorge). Esta técnica constitui um desincentivo à evolução! Passo a explicar. As covas do lobo e os fossos não passam de buracos no chão. No entanto tornam a cavalaria obsoleta. Convém lembrar que a cavalaria constituía a núcleo nobre da hoste, repleta de cavaleiros bem armados, tanto do ponto de vista ofensivo como defensivo. No entanto, o estatuto de nobre não vencia, por si só, batalhas. Quando a cavalaria não conseguia imprimir a força resultante da sua velocidade e massa, ela perdia impacto e eficácia. No caso de Aljubarrota, a cavalaria castelhana só estorvou! D. Nuno Álvares Pereira provocou o afunilamento da cavalaria castelhana, obrigando-os a entrar num quadrado mortal. No dia seguinte, o Condestável do Reino encontrou centenas de castelhanos mortos sem um único golpe, mortos por esmagamento. D. Nuno cumpriu o seu trabalho de forma genial, ou talvez não! Mas deixo isso para outra oportunidade.

Sem comentários:

Enviar um comentário