Os tumultos verificados no Egito, confrontando cristãos coptas, muçulmanos e forças policiais, podem estar por explicar. É verdade que a minoria cristã, cerca de 10% da população, pode sentir pressão, mas os infiltrados do antigo regime de Mubarak também tiveram responsabilidades.
No Egito, vivem-se momentos de instabilidade. Diariamente surgem partidos políticos, criando um pluralismo desordenado que provoca dúvidas quanto à viabilidade da democracia. Estes protestos colocaram à prova a capacidade de resposta, dos militares no poder, perante a desordem pública. Falharam, logo está na hora de abandonar o poder.
Os cristãos coptas manifestam-se frequentemente, embora a violência nunca tenha sido uma arma recorrente. Esta característica levanta a primeira suspeita. Complementarmente, os relatórios da polícia revelaram que grande parte das vítimas mortais resultantes dos protestos foram atingidas por balas ou atropeladas por carros de combate. É preciso refletir para perceber o que justificou uma resposta tão dura por parte das forças de segurança.
A resposta imediata está associada à infiltração de indivíduos pró-Mubarak nas manifestações, que incitaram e amplificaram a violência. É necessário compreender o quadro na totalidade, percebendo as entrelinhas de forma a evitar condenações erradas, incitando, por consequência, mais violência.
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