sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Sharia moderada na Tunísia

Rachid Ghannouchi, membro do maior partido islâmico tunisino, considerou a hipotese de aplicar um modelo de "Sharia moderada" no país do norte de África.
Aplicar a Sharia num país altamente dependente do turismo não me parece uma boa ideia. Quando se fala neste modelo de lei, em muitos casos desprovido de direito, lembramo-nos, invariavelmente, do caso afegão. Ahmed Rashid, jornalista paquistanês, relatou vários casos de violação dos direitos humanos, resultantes da aplicação da Sharia. Evidentemente que no caso afegão, aquando dos talibans no poder, estamos a falar de um regime islâmico radical, coisa que a Tunísia não é. No entanto, depois da experiência talibã, o nome Sharia pode assustar os turistas. Irá a Tunísia proibir o consumo de álcool?
Por outro lado, o investimento estrangeiro também pode sofrer consequências. O capital ocidental irá levantar muitas questões, nomeadamente sobre o enquadramento jurídico em matéria económica. Depois da revolução, é necessário captar investidores. Desconfio que a Sharia possa atrapalhar.
Para responder a estas dúvidas é essencial definir o conceito de "Sharia moderada".

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