sábado, 31 de julho de 2010

Batalha de Hastings, segunda fase






















Uma fuga rápida pode gerar o pânico, e com os rumores da morte do conquistador, uma fuga geral podia acontecer a qualquer momento. Nesta altura os normandos estiveram perto da derrota. Guilherme tinha de tirar o elmo e mostrar a sua cara, e foi o que fez. Surge usando um bastão, sinal de comando, e gritou: “eu ainda estou vivo. Com a ajuda de Deus eu ganharei. Que loucura vos faz retirar?”. Depois pegou na sua espada e foi à carga, ordenando que os seus homens o seguissem. Aqui o líder foi à frente dos seus soldados.

Guilherme atacou com tanta impiedade, vigor e confiança que um contra ataque normando se realizou. A partir daqui Haroldo não conseguiu mais virar o jogo para seu lado. A retirada normanda encheu “os olhos” aos ingleses que avançaram em perseguição. De repente os normandos lançam num contra-ataque, massacrando os anglo-saxónicos que estavam longe da protecção do shield-wall.

Alguns historiadores não acreditam naquilo no que William de Poitiers chama de retirada falsa, ou seja, controla. Alegam que seria uma táctica que ia para além das capacidades da cavalaria do séc. XI, e que a cavalaria funcionava em pequenos grupos sendo difícil de controlar uma retirada geral. Por outro lado, o autor defende que era possível. Porque surge nas crónicas, e o poema The Carmen refere que enquanto os cavaleiros fogem, os escudos protegem-lhes as costas.

Nesta altura os ingleses começaram a abrir brechas, obrigando Haroldo a repor a linha da frente com tropas de suporte. Poitiers descreve uma serie de cargas feitas pelos normandos que foram gradualmente destruindo a parede de escudos. Apesar dos bons resultados de Guilherme, ele sabia que o dia estava a terminar e precisava da vitória. O conquistador começou a reagrupar e a preparar a carga final.

Continua...

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