quarta-feira, 28 de julho de 2010

Guerrilha e Terrorismo, uma visão conceptual

Resolvi trazer para este espaço dois conceitos. O método de Guerrilha e o de Terrorismo. Devemos, em primeiro lugar, reparar na palavra método , pois é disso que se trata. Isto é, o terrorismo, por si só, não constitui uma ameaça, é antes uma forma de combater. A verdadeira ameaça é o grupo, ou indivíduo, que o pratica. Exemplificando, a ameaça é a al-Qaeda e não o ataque à bomba. Existem várias formas de abordar os conceitos, mas proponho as seguintes caracterizações (baseado no Coronel Manuel da Silva):

A técnica de guerrilha baseia-se em pequenos grupos móveis que usa ataques surpresa tentando atingir pontos fracos do adversário e aplica as convenções da guerra, em particular no que se refere ao direito comunitário. Quanto aos elementos que constituem a guerrilha, estes podem ser "civis" armados ou guerrilheiros, mas também forças regulares profissionais (do tipo partisan) ao utilizarem tácticas irregulares, normalmente na rectaguardas das linhas inimigas. A opção pela guerrilha resulta do aproveitamento das condições psicológicas, geográficas e políticas.

A técnica de terrorismo é difícil de caracterizar pois não existe uma definição aceite por todos. Um "terrorista" para uns, pode ser um herói para outros. Apesar de tudo, pode considerar-se o emprego ou ameaça de emprego da violência contra alvos humanos e materiais por um actor que pretende atingir objectivos políticos ou político-religiosos. Quanto aos alvos, este não se limita aos militares, associa-lhes os civis e os não combatentes. O grande objectivo do terrorismo consiste em espalhar o terror, através dos meios de comunicação social. Obrigar os estados a despender mais fundos em segurança e levar os cidadãos a pensar duas vezes antes de entrar em aviões (Nova Iorque), comboios (Madrid), autocarros (Londres)...


Alexander Ulianov, irmão de Lenine, considerava o terrorismo como a única "forma de luta, criada no século XIX, acessível à minoria, que apenas é forte no espírito e na convicção da sua razão contra as ideias de força da maioria".

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