
«Ouçam as minhas palavras e escutem-nas bem, para que vós e outros saibam que entre nós estão os cavaleiros do destino e da morte vermelha. Um único de nós pode derrotar o vosso exército inteiro. Se não acreditam podem tentar, mas, por favor, ordenem ao vosso exército que
pare de disparar armas de fogo. Têm aqui 200 mil soldados de todas as raças. Fiquem no vosso lugar e disponham o vosso exército em ordem de batalha. Apenas três de nós vos atacarão [...] verão com os próprios olhos as façanhas destes três. [...] Reuniram um exército com soldados de todos os cantos do mundo, cristãos, gregos, e outros, e trouxeram convosco esta invenção engenhosamente concebida pelos cristãos da Europa por serem incapazes de confrontar os exércitos muçulmanos no campo de batalha. A invenção é o mosquete que, mesmo se uma mulher o disparar, retém mais e mais homens. [...] Desgraçados sejam! Como se atrevem a disparar armas de fogo sobre os muçulmanos?!» Kurtbay, chefe mameluco.
Estas palavras deixam claro que nem todos aceitam a evolução. O poder, a glória e o prestígio definem o estatuto do indivíduo na sociedade. Com a introdução das armas de fogo, os mamelucos perderam o seu poderio no campo de batalha. Eles não admitiam o uso da pólvora, não souberam evoluir nem aprender a velha lição - "quando homens com capacidades equivalentes combatem em termos desiguais, o lado que tem melhores armas sai vencedor."
A cultura não permitiu o avanço...
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