O General António de Spínola foi um brilhante militar, com poucos meios conseguiu aguentar, por algum tempo, um parte de um conflito, inevitavelmente, perdido. No livro "Portugal e o Futuro", publicado em 1974 (ano da revolução dos cravos), o general falou da "crise que enfrentamos", das "nossas contradições", da "nossa posição no mundo", dos "fundamentos de uma estratégia nacional", e deu "uma hipótese de estruturação política da nação".
Este livro tem frases geniais. Quanto ao esforço de guerra desenvolvido por Portugal no Ultramar, Spínola escreveu: "as sociedades preferem sobreviver prosaicamente a desaparecer gloriosamente na defesa de soluções ligadas ao passado, em prejuízo da sua sobrevivência numa perspectiva do futuro."
O que também me surpreende, como é que um livro com este conteúdo conseguiu escapar à aplicação do lápis azul da censura...
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