quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Barack Obama vs Assad

Barack Obama afirmou que «chegou o tempo do presidente Assad se afastar [do poder]». A partir deste momento, o envolvimento dos EUA na crise política interna síria ganha mais profundidade. A comparação com a Líbia é imediata. O que se seguirá? Uma nova resolução da ONU para legitimar uma intervenção? Bombas sobre Damasco? Meses de conflito?

Não creio! A atitude de Obama vem marcar uma nova postura da administração Obama perante a crise Síria. Obama foi duro com Assad, tal como aconteceu com Khadafi, ao afirmar que Assad "deve abandonar o poder". Depois destas declarações, é complicado voltar atrás, a não ser que Assad demonstre vontade em resolver a situação sem o uso da violência generalizada sobre os protestantes. 
No entanto, é pouco provável a aprovação de uma nova resolução da ONU que legitime uma intervenção estrangeira na Síria. A intervenção na Líbia ainda está em curso e a despesa foi avultada. Os EUA e a Europa não vivem momentos de grande saúde financeira, pelo que é improvável que estes atores arrisquem muito, politicamente, com uma intervenção militar.
Também é importante referir que a Síria não é a Líbia! É um gigante regional, com uma força militar bem mais forte, pelo que uma hipotética intervenção militar estrangeira teria que contar com esta resposta. Além disso, o Irão está lá perto e não convém esquentar este país.
O que é garantido é que a pressão diplomática e política vai intensificar-se. É aqui é que o combate vai acontecer.

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