quinta-feira, 18 de março de 2010

ETA e o "Comando de Resgate"


ETA apresenta novo modus operandi. Este modelo foi aplicado na noite de terça feira quando a polícia francesa interceptou um grupo de presumíveis etarras. Já com os suspeitos algemados, surgiu um "comando de resgate", transportado em dois carros de alta cilindrada, que disparou à queima-roupa sobre os quatro agentes de autoridade em Damamarie Les-Lyes.

A primeira diferença reside no modo de roubo e na escolha dos veículos furtados. Até ao momento, os etarras roubavam em povoações secundárias veículos menos potentes, um de cada vez, que constavam como mais um furto nas listas policiais. Em Damamarie, os etarras sequestraram em casa o gerente de um stand de automóveis, levaram-no às instalações e escolheram 6 BMW topo de gama, não habituais nos seus roubos (o objectivo habitual é passar despercebido).

A segunda diferença é a capacidade de resgate, usando o factor surpresa e disparos indiscriminados - o que a ETA nunca tinha feito. Aliás, no final da última trégua, a organização pôs de lado cometer atentados em França por temer a resposta da polícia.

Estas alterações na forma de actuar levam alguns investigadores a admitir que um grupo tão numeroso de etarras - os comandos são constituídos por 3 ou 4 elementos - tinha em agenda uma operação em território francês.

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