quinta-feira, 31 de março de 2011

quarta-feira, 30 de março de 2011

Zona de exclusão aérea, o mínimo!


São várias as questões que se levantam, consequentes das intervenção na Líbia. Atuar apenas pelo ar não será pouco? Pois, eu sei. Enviar homens para o terreno tem um custo político enorme. No entanto, garantir uma zona de exclusão aérea não é suficiente! As peças de artilharia e os tanques de Khadafi estão operacionais. Combater carros armados com carrinhas Toyota em segunda mão não me parece uma tática muito eficiente! Vamos ver se a coragem e a vontade dos rebeldes conseguem colmatar as diferenças. Um novo Iraque? Sim, é legítimo perguntar. Ora vejamos, quanto tempo durará o conflito? Pois é, não há resposta! No Iraque, pensou-se em meses e já vamos em quase 8 anos.
Vamos falar da França? Pois claro! A França de Sarkozy mundou, e muito. Aquando do Iraque, ela mostrava-se profundamente contra e, em conjunto com a Alemanha, tentou monopolizar as opiniões na União Europeia. Chirac era diferente, mas não quero dizer melhor. Quanto aos ingleses, são os mesmo de 2003, assim como a Alemanha! Sim, os germânicos são extremamente pragmáticos! Avançam apenas quanto é estritamente necessário, é a conclusão a que chego! Não foram no Iraque e não vão à Líbia! Quer dizer, indiretamente vão. A sede do AFRICOM, comando que coordenou a operação Odisseia ao Amanhecer está em Estugarda! A U.S. Air Forces Africa estão sediadas em Ramstein.
Resta aguardar para ver o caminho que a NATO toma.

domingo, 20 de março de 2011

Finalmente, a intervenção


A comunidade internacional resolveu intervir na Líbia. Mais de 120 mísseis Tomahawk foram disparados a partir de navios e submarinos estacionados no Mar Mediterrâneo. Finalmente, a intervenção chegou. Agora a luta desigual abrandou. Khadafi anunciou um cessar fogo que não foi cumprido. Hoje anunciou outro. O dia de amanhã dirá se está a ser cumprido. O próximo passo da Operação Odisseia Amanhecer consiste em cortar os abastecimentos às tropas de Khadafi, reduzindo a operacionalidade das forças "leais" ao regime.

A guerra de informação também está no auge, com os serviços de propaganda a funcionar a todo o gás! É uma faceta da guerra num mundo onde a informação circula em tempo real, quase.

terça-feira, 15 de março de 2011

Demagogia em tempo de guerra


A 9 de outubro de 1939 Salazar afirmou à Assembleia Nacional - "Um ponto é para nós assente: não faremos da guerra negócio". Esta afirmação não corresponde à verdade, pois os países neutros, na Segunda Guerra Mundial, fizeram grandes negócios vendendo as suas matérias-primas estratégicas – no caso de Portugal o volfrâmio (atribui ao aço a capacidade de aguentar elevadas temperaturas). Para além disso, também exportámos bens alimentares para a frente da guerra, nomeadamente conservas, deixando milhões de portugueses a passar fome. Assim, dizer que não faríamos negócio com a guerra é pura demagogia (habitual neste tempo). De qualquer forma, não fazer negócio em tempo de guerra seria um erro grave para o interesse da nação.

sábado, 12 de março de 2011

A hipocrisia da comunidade internacional

Neste texto decidi fugir um pouco à linha habitual do blogue. Faço-o porque fico triste, sim triste, com a "comunidade internacional". Digo triste, e não indignado, porque existem momentos em que os valores que formam um estado deviam ser sentidos, também, com o coração. É utópico, eu sei! Mas deixem um jovem sonhar.
Estou a falar da Líbia. Hoje, a Liga Árabe apoiou uma no-fly zone sobre a aquele país. Ora, os EUA só viabilizarão a ideia se a Liga Árabe apoiar (conseguido) e se a ONU aprovar. Andamos para trás e para a frente, enquanto milhares de pessoas morrem num combate injusto e desequilibrado. As pistolas de uns, contra os canhões de outros. Se a comunidade internacional intervir, muito provavelmente a situação já estará numa situação irreversível. Ainda a agravar, a no-fly zone pode ser ineficaz contra a utilização de helicópteros.
Assim, resta ao rebeldes esperar pelo massacre, enquanto a comunidade internacional aguarda pelo vencedor que ficará com os poços de petróleo. Esta abordagem realista dos estados deixa-me a pensar. Realmente o poder é o centro.
Desculpem-me as lamentações, mas este post é excepção!

sábado, 5 de março de 2011

Fotografia. F-22 Raptor

Gostei muito desta fotografia e resolvi partilhar! O avião é uma F-22 Raptor e estava a fazer voo treino no Estado de Nevada. Convém salientar que este caça é, provavelmente, o mais avançado do mundo.

quarta-feira, 2 de março de 2011

EUA perdem influência

O jornal The Hindu publicou um artigo onde refere que a oposição líbia rejeitou armamento americano. Os EUA disponibilizaram-se, mas não tiveram o impacto desejado. A abordagem é perceptível, oferecer armas para combater o "inimigo" comum. Esta aproximação procurou estabelecer uma relação com a oposição líbia. Muito provavelmente, este país do Magrebe ficará nas mãos da oposição, levando Kadafi para um lugar qualquer! O petróleo e o gás são recursos que convém salvaguardar, sendo obrigatório o estabelecimento de boas relações. Depois de tantos anos a apoiar Kadafi, a oposição está desapontada com os EUA. Estes têm de se empenhar nesta missão quase "impossível"!

terça-feira, 1 de março de 2011

Covas do Lobo, a desgraça da cavalaria


Quando um português fala sobre a utilidade tática das covas do lobo e dos fossos num campo de batalha medieval, lembra-se, seguramente, da célebre batalha de Aljubarrota (que, curiosamente, ocorreu em S. Jorge). Esta técnica constitui um desincentivo à evolução! Passo a explicar. As covas do lobo e os fossos não passam de buracos no chão. No entanto tornam a cavalaria obsoleta. Convém lembrar que a cavalaria constituía a núcleo nobre da hoste, repleta de cavaleiros bem armados, tanto do ponto de vista ofensivo como defensivo. No entanto, o estatuto de nobre não vencia, por si só, batalhas. Quando a cavalaria não conseguia imprimir a força resultante da sua velocidade e massa, ela perdia impacto e eficácia. No caso de Aljubarrota, a cavalaria castelhana só estorvou! D. Nuno Álvares Pereira provocou o afunilamento da cavalaria castelhana, obrigando-os a entrar num quadrado mortal. No dia seguinte, o Condestável do Reino encontrou centenas de castelhanos mortos sem um único golpe, mortos por esmagamento. D. Nuno cumpriu o seu trabalho de forma genial, ou talvez não! Mas deixo isso para outra oportunidade.