terça-feira, 20 de dezembro de 2011

"Querido líder", adeus

Kim Jong-il morreu, tinha 69 anos. Segundo o comunicado oficial  do regime norte-coreano, o "grande líder faleceu de fadiga física pela dedicação da sua vida ao povo". Talvez por isso tenham escorrido tantas lágrimas.

Concretamente, o que significa a morte do ditador? No imediato, o aumento do nível de alerta da Coreia do Sul. Isto já aconteceu à 17 anos atrás, quando Jong-il tomou o lugar do seu pai, Kim Il-sung. Sabe-se que os atritos entre o norte e sul são intensos e perigosos, portanto a agitação de Seoul pode provocar movimentações em Pyongyang.
Por outro lado, existe o problema da sucessão. Kim Jong-un assumiu o poder, um jovem na casa dos 20 com formação na Suíça. Até que ponto está este jovem preparado para liderar um regime que faz o culto do líder? Estará ele preparado para líderar um exército com um milhão de homens? Qual o destino do armamento nuclear? Hoje, estas questões não têm resposta, mas é legítimo pensar que a falta de experiência pode representar um ponto fraco.
Certamente, não se deve esperar por uma reforma política voluntária. Do ponto de vista económico e social poderia ser vantajoso, uma vez que poderiam instaurar mais acordos comerciais, aumentando no imediato as exportações. Mas esta abertura política pode colocar o regime em risco, nomeadamente pela aproximação geográfica com a prospera Coreia do Sul.