terça-feira, 31 de maio de 2011

Livros: "Terrorismo e Guerrilha" de Manuel da Silva

Depois do 11 de setembro, o terrorismo passou a estar presente no pensamento dos cidadãos preocupados com os assuntos do mundo. Sim, mundo. O terrorismo transcende fronteiras, ameaçando cidadãos em qualquer parte do mundo. Neste livro, Manuel da Silva aborda a evolução da guerrilha e do terrorismo ao longo dos tempos.

O autor apresenta o ponto da situação nos cinco continentes. A título de exemplo, Silva fala-nos da guerrilha na Amazónia dos anos 70,  do Sendero Luminoso no Peru, do Exército Vermelho Japonês. Como seria de esperar, também se debruça bastante sobre o radicalismo islâmico, das origens à atualidade.

Para compreender o terrorismo e a guerrilha, do ponto de vista conceptual e não ideológico, este livro é o adequado. Curiosamente, já escrevi neste blogue com base no conteúdo do livro Terrorismo e Guerrilha do coronel de infantaria Manuel da Silva.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A Origem Tática dos Romanos

A arte de guerra romana revelou-se altamente flexível e eficaz. Mas de onde veio essa característica?
A arte de guerra helenística influenciou os romanos (se bem que estes afirmavam que a sua herança tática vinha dos etruscos), o que quer dizer que as táticas hoplitas foram usadas por eles. Seguindo esta linha de pensamento, as enormes falanges hoplitas, altamente compactas e impenetráveis num choque frontal, serviram de base ao desenvolvimento das táticas romanas.


Mas como é que os romanos evoluíram para a disposição em manípulos? Durante as guerras com os gauleses, que combatiam numa ordem solta mas dinâmica e aberta, os militares romanos descobriram que as fileiras cerradas das falanges deixavam as suas tropas vulneráveis. Os gauleses, a utilizar uma tática solta, conseguiam enorme mobilidade, pelo que a penetração na falange romana era muito provável.

Era necessário ganhar mobilidade. Por essa razão, introduziram o sistema de manípulos, permitindo às subdivisões manobrar no campo de batalha com maior eficácia. Também substituíram a lança pelo pilum e valorizaram o gládio.

Livros: "Uma História da Guerra" de John Keegan

John Keegan é um conhecido historiador militar que foi considerado inapto para o serviço militar. Curioso, mas não passa disso mesmo! O que realmente importa é o conteúdo da sua obra. Neste livro, Keegan debruça-se bastante sobre a origem da guerra, indo à origem do homem. Porque lutam os Homens?


O autor recorre à antropologia e à história para formular hipóteses quanto à origem da guerra. O comportamento dos povos primitivos são fontes que Keegan não descura, e eu já escrevi sobre isso em "Índios Ianomâmis e o Show of Force".

Keegan percorre as artes de guerra ao longo da história, desde os povos primitivos à bomba nuclear.

domingo, 29 de maio de 2011

Livros: "Portugal e o Futuro", de António de Spínola

O General António de Spínola foi um brilhante militar, com poucos meios conseguiu aguentar, por algum tempo, um parte de um conflito, inevitavelmente, perdido. No livro "Portugal e o Futuro", publicado em 1974 (ano da revolução dos cravos), o general falou da "crise que enfrentamos", das "nossas contradições", da "nossa posição no mundo", dos "fundamentos de uma estratégia nacional", e deu "uma hipótese de estruturação política da nação".


Este livro tem frases geniais. Quanto ao esforço de guerra desenvolvido por Portugal no Ultramar, Spínola escreveu: "as sociedades preferem sobreviver prosaicamente a desaparecer gloriosamente na defesa de soluções ligadas ao passado, em prejuízo da sua sobrevivência numa perspectiva do futuro."

O que também me surpreende, como é que um livro com este conteúdo conseguiu escapar à aplicação do lápis azul da censura...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

AFRICOM e DOE na República Democrática do Congo

Na República Democrática do Congo, o AFRICOM e o Departamento de Estado facultaram 1.9 milhões de dólares para o desenvolvimento de uma fonte de alimentos sustentada. O exército congolês, com o sistema de logística fraco, não consegue cumprir uma das suas funções básicas, alimentar os seus soldados.

Com fome a energia escasseia, a força não é forte, a disciplina dissipa-se, o comando perde legitimidade. Nestas condições, é mais importante começar pelo essencial, ou seja, antes de equipar com metralhadoras, mais vale fazer uma abordagem logística. Começar da base para o topo, responder às necessidades reais das forças, em vez de tapar o sol com a peneira com o fornecimento de armamento. Do parecer ao ser, vai uma grande diferença!

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quinta-feira, 5 de maio de 2011

O Tribunal Internacional de Justiça na Líbia

Algumas figuras do regime de Kadafi podem ser acusadas, pelo Tribunal Internacional de Justiça, pelos crimes de homicídio, utilização de bombas de fragmentação e utilização da violação sexual como arma de guerra.