segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Amor à primeira vista: Entrevista com a História

Casualmente, tropecei numa feira de antiguidades. Alguns chamam-lhe de colecionismo. Reparei no livro "Entrevista com a História", de Oriana Fallaci. Sujo, mas bonito. Estava à minha espera, não tenho dúvidas. Lá dentro, uma riqueza incalculável que comprei com 1 euro emprestado.
No momento em que o tive na mão pela primeira vez, ainda desconhecendo o seu conteúdo, senti que a aplicação das palavras "entrevista" e "história" na capa, só podia significar qualidade. Henry Kissinger, Yasser Arafat, Indira Ghandi, Ali Bhutto, Willy Brandt, entre outros, esperavam por mim. Fallaci conduzia a conversa como ninguém. Viveu noutros tempos, onde os caracteres e a publicidade não se sobrepunham à qualidade do conteúdo.
O que me entristeceu foi reparar que não há respeito pelo conhecimento. O homem que me vendeu este pedaço de história desconhece, muito provavelmente, o sentido da Guerra Fria, quanto mais os nomes destas personagens. Mas o que me choca é sentir que este livro podia ser pisado e pontapeado sem que ninguém reparasse. Lá dentro estão pessoas que mudaram o mundo, respeito por favor.

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